sexta-feira, 17 de abril de 2015

Bancada evangélica quer “acabar” com o aborto


O deputado João Campos (PSDB-GO), recém eleito presidente da Frente Parlamentar Evangélica, estabeleceu a primeira meta para os políticos evangélicos na nova legislatura. Campos pretende mobilizar o colegiado na luta pela aprovação do Projeto de Lei (PL 487/07), o Estatuto do Nascituro, que defende a dignidade humana desde a concepção.
“Se aprovar o Estatuto do Nascituro, acabou o debate sobre o aborto”, justificou Campos. Se a bancada conseguir aprovar o projeto que estabelece proteção legal ao bebê em gestação e a embriões congelados, os demais projetos que tentam legalizar a prática serão arquivados.
Apelidado pejorativamente de “bolsa estrupo”, o projeto também estabelece assistência financeira para a gestante que tenham sido vítimas de estupro e que decidam levar sua gravidez adiante, ao invés de abortar.
João Campos voltou a presidência da Frente Parlamentar Evangélica na última terça-feira (24), após ter sido derrotado pelo deputado Paulo Freire (PR-SP) em 2013 quando tentava se reeleger pelo quarto ano consecutivo.
Como presidente da Bancada Evangélica, Campos conseguiu fazer com que a presidente Dilma vetasse a distribuição do “Kit Gay” pelo Ministério da Educação nas escolas públicas de todo o país em 2011.
Para barrar o kit o deputado reuniu três frentes conservadoras da Câmara dos Deputados, Frentes Evangélica, Católica e da Família, para discutir medidas que seriam tomadas para forçar o governo a alterar o material do chamado kit gay elaborado por ONGs a pedido do ministério da Educação.
Se o governo insistisse em manter o kit, os parlamentares bloqueariam a votação na Câmara e apoiariam a convocação do ministro da Casa Civil para dar explicações sobre denuncias.
Os parlamentares também cogitavam a saída do Ministro da Educação; a criação de uma CPI para apurar as denuncias de irregularidades no MEC; a obstrução de todas votações do plenário e também a convocação do ministro Fernando Haddad, na comissão de Educação e Cultura, para explicar as cartilhas sobre homofobia


Feliciano recusa acordo do PT para dividir comissão com Wyllys


    A tentativa do Partido dos Trabalhadores (PT) de superar o impasse com a bancada evangélica na disputa pelo comando da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados unindo Jean Wyllys (PSOL-RJ), principal defensor da agenda gay, e o pastor evangélico Marco Feliciano na vice presidência da comissão teve reação negativa entre os parlamentares evangélicos.
Feliciano recusou a tentativa de acordo proposta pelo PT, pois apesar de não haver problemas por parte do parlamentar, o regimento impossibilitava ele de integrar os principais cargos da comissão ao lado do PT, pois seu partido não integra o bloco do PT e por isso não poderia ocupar a vice presidência.“Regimentalmente não há possibilidade da composição desta mesa divulgada pela imprensa. Somente parlamentares do bloco do PT podem ser indicados para as vice-presidências. Nem eu nem o outro deputado portanto poderíamos nos candidatar a cargo algum, pois pelo acordo de líderes e pelo regimento apenas os partidos dos blocos podem ser contemplados com a presidência e as vices”, explicou Feliciano.
O acordo teria sido proposto para articular a eleição do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), que assumiu a frente da comissão nesta quinta-feira (12) tendo sido candidato único a disputar o cargo. Pimenta obteve 14 dos 17 votos dados, sendo três votos em branco. Ele substituirá o deputado Assis do Couto (PT-PR), que havia derrotado o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) em 2014.
A Comissão de Direitos Humanos é uma das principais comissões da Câmara e nela que tramitam os estudos em relação a projetos que beneficiam a comunidade LGBT. Apesar de ser maioria no colegiado, a Frente Parlamentar Evangélica foi obrigada a seguir o acordo de líderes que dividiu o comando das comissões da Casa entre os partidos.Foi o novo presidente da comissão quem tentou costurar o apoio para levar Feliciano e Wyllys às respectivas vice-presidências, mas o acordo não foi bem recebido pela bancada evangélica. Deputados da Frente Parlamentar Evangélica chegaram a criticar a sugestão, pois os parlamentares tem visão antagônica e defendem bandeiras diferentes.

Rede Globo é a maior patrocinadora da imoralidade no Brasil, diz Malafaia


          No capítulo de estreia de sua nova novela, “Babilônia”, a Rede Globo mostrou um beijo lésbico protagonizado por duas veteranas da TV, Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg, gerando muitos comentários.
Para os progressistas a emissora mostrou mais uma história de amor entre pessoas do mesmo sexo, mas para os conservadores a emissora repetiu sua fórmula de doutrinar os telespectadores.
Malafaia faz parte desses críticos da emissora e em um texto afirmou que a Globo é a maior patrocinadora da imoralidade no Brasil. “Entra novela e sai novela é a uma verdadeira apologia ao homossexualismo e a todo o tipo de perversão moral. Não tenho nenhuma dúvida que a Rede Globo é a maior patrocinadora da imoralidade e do homossexualismo no Brasil”.
O líder religioso compara a TV brasileira com a americana, onde programas como essas novelas não teriam espaço. “Nos EUA, que é o país mais democrático do mundo, não existe nenhuma possibilidade que entre às 21h e 22h, quando ainda muitas crianças e adolescentes estão acordados, a televisão mostre a imoralidade como a TV brasileira mostra”, escreve.
Para ele é preciso diferenciar liberdade de libertinagem, pois “toda sociedade que não tem limites se autodestrói”. Crítico ferrenho do ativismo gay, Malafaia se tornou um dos maiores inimigos do grupo e enfrenta inúmeras perseguições por se posicionar contra os interesses dessas instituições.
Mas no caso das novelas, o religioso critica a emissora que tem provado em suas últimas produções que pretende vender o homossexualismo na TV. “A Rede Globo tem contribuído para a destruição de valores morais fundamentais para o bem-estar da sociedade, isso é uma afronta a família, uma afronta as crianças e aos adolescentes, a imoralidade que esse veículo de comunicação tem propagado para a sociedade.”