Missionários evangélicos estão
sendo restringidos por causa das novas leis da Nicarágua, país da América
Central. A legislação, que entrou em vigor no mês passado, ordena que os
missionários informem ao governo sobre suas idas antes de entrarem no país.
Eles também precisam receber uma permissão oficial para trabalhar.
O Presidente das Assembleias de Deus da região,
Rafael Arista, disse que o regulamento está afetando a vida da igreja. "O
trabalho pastoral e social não devem ser prejudicados por causa de um
regulamento", disse ele. "Nosso pedido ao presidente é que ele
revogue essa legislação”. A Aliança Evangélica da Nicarágua também pediu que o
governo revogue as leis.
Até agora, as concessões foram feitas pelo governo,
mas representantes da Igreja dizem que isso não é o suficiente. Eles alertaram
que mais de 200 missionários foram afetados, incluindo dois missionários de El
Salvador que foram deportados.
Cerca de 300 missionários do México e outros países
da América Central foram forçados a cancelar suas visitas a um encontro
evangélico no final de agosto.
"A Igreja tem tido a liberdade de agir e
ajudar a Nicarágua, que sempre foi um ambiente seguro para exercer missões, em
comparação com outros países da região. Mas de repente, este regulamento
apareceu e nós não entendemos isso", disse Mario Espinoza, presidente do
Conselho Nacional de pastores evangélicos da Nicarágua.
"Esta norma não é benéfica e esperamos chegar
a um acordo que nos permita operar como de costume", ressaltou.
Líderes evangélicos estão em diálogo com o governo
sobre as leis, e voltarão a se reunir no dia 20 de setembro. Existem cerca de
3.600 igrejas evangélicas na Nicarágua, com a presença de cerca de 15% da
população.