As jovens Joana Palhares, 18 anos, e Yunka Mihura,
20 anos, estavam se beijando durante o sermão em protesto, quando Feliciano
pediu que os policiais intervissem.
“A Polícia Militar que aqui está, dê um jeitinho
naquelas duas garotas que estão se beijando. Aquelas duas meninas têm que sair
daqui algemadas. Não adianta fugir, a guarda civil está indo até aí. Isso aqui
não é a casa da mãe Joana, é a casa de Deus”, disse o pastor.
As ativistas afirmaram que houve abuso de
autoridade e violência por parte dos policiais: “Eles tiraram a gente do meio
do povo e colocaram para dentro da grade. A partir do momento em que levaram a
gente para debaixo do palco, me jogaram de canto na grade, deram três tapas na
minha cara e começaram a torcer meu braço”, disse Joana Palhares.
Já sua namorada, Yunka Mihura, disse que haviam
casais hetero se beijando no local, e que o pastor não pediu que a Polícia os
impedisse. Ela confirmou a versão de Joana: “Foi completamente injusto e
horrível. Nunca senti tanta impotência ao ver os policiais batendo nela, me
segurando forte e eu não podendo fazer nada. Não tiraram a gente da grade,
fomos jogadas”.
O advogado de Joana e Yunka, Daniel Galani,
afirmou ao G1 que entrará com uma ação para que seja averiguado quem foram os
responsáveis pela agressão às suas clientes.
“A gente vê que foi uma
situação que fugiu completamente ao controle. A gente sabe que existiam dois
direitos em conflito: um é a liberdade de expressão e o outro a liberdade do
ato religioso. Os dois direitos são constitucionais e estão previstos para que
as pessoas possam fazê-los”, declarou, antes de complementar
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