Grupos
promovem beijaço e mostram seios contra visita do Papa
Ao menos três grupos se reuniram no Largo do Machado, Zona Sul do Rio,
para protestar contra a visita do Papa na tarde desta segunda-feira (22).
Atrizes independentes e do grupo "Tá na Rua" fizeram intervenções
contra investimentos públicos na visita do Papa e também criticaram o que
classificam como opressão da Igreja Católica sobre temas como prazer e
sexualidade.
No mesmo ponto, também estiveram concentrados manifestantes do PSTU e PCdoB, além de um grupo de estudantes da UFRJ.
As ativistas do movimento em defesa do direito dos homossexuais chegaram
a ficar, em alguns momentos, com os seios de fora. Com instrumentos de
percussão, elas encenaram um ato crítico à catequização dos índios e pediram um
estado laico
Elas
confessaram pecados em público, ironizando posicionamentos da Igreja para temos
como uso de pílula, camisinha e sexo homossexual. Mais tarde, grupos LGBTs
também ficaram seminus em frente à Igreja Nossa Senhora da Glória e promoveram
beijaços.
"A
gente questiona por que um estado que se diz laico gasta 161 milhões para vinda
de um líder religioso e recusa dogmas da Igreja Católica, como o de dizer que o
corpo é pecado", afirma Maiara Maia.
O
manifestante João Pedro Accioly, de 19 anos, um dos organizadores do
"Beijaço LGBT" e criador do evento no Facebook, conta que o objetivo
é questionar a influência da Igreja Católica no estado.Para ele, questões como a legalização do aborto e direitos dos homossexuais são pouco discutidas por pressão de setores conservadores e religiosos. "Enquanto beijar for uma ofensa, os protestos serão necessários", disse João Pedro.
No começo da noite, a multidão de manifestantes que estava reunida no Largo do Machado caminhou pacificamente pela Rua
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