O pastor Silas Malafaia prometeu e o programa “Na
Moral” desta quinta-feira (1º) teve um “debate quente”. Apesar de ter sido
resumido, de duas horas para 35 minutos, o programa de Pedro Bial, que foi
gravado no dia 13 de julho, foi um dos mais comentados nas redes sociais.
O encontro entre o evangélico Silas Malafaia com o
babalorixá Ivanir dos Santos, o padre Jorjão e o presidente da maior associação
de ateus do Brasil, Daniel Sotto-Mayor, para discutir o tema Estado Laico
Iniciou sua opinião já discordando do líder da
Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos, Daniel Sotto-Mayor, que acusou os
governos que se pautaram pela religião de banhar de sangue e oprimir os
diferentes.
Malafaia lembrou algumas revoluções que tinham
como ideais o que chama de “Estado Laicista”, como Rússia, China, Camboja e
União Soviética. “Ninguém derramou mais sangue do que aqueles que eram a favor
da anulação de Deus da sociedade”, enfatizou.
“Quem deu banho de sangue na humanidade foram
aqueles que tinham o ateísmo como base. A revolução que aconteceu na Rússia,
que matou mais de 70 milhões de pessoas, a revolução da China, que matou mais
de 50 milhões de pessoas, o Pol Pot, agora lá no Camboja, naquela região. Estes
camaradas tinham como doutrina a exclusão total da religião”, disse Malafaia.
Sobre a diminuição no número de católicos no
Brasil o padre Jorjão explicou que muita gente se dizia católica e que hoje tem
outras religiões e enfatizou dizendo que é “melhor que sejam bons cristãos do
que mal católicos”.
Já o líder evangélico destacou que o crescimento
evangélico acontece graças ao ensino dos pastores. Pois para o pastor, o
evangélico não vive apenas uma liturgia de culto, mas procuram viver a Bíblia
no dia-a-dia.
Sotto-Mayor, por sua vez, atribuiu o crescimento
dos evangélicos a teologia da prosperidade e afirmou que devido às muitas
promessas feitas pelos líderes evangélicos aos fiéis a igreja tem crescido.
Ivanir dos Santos, representante das religiões
Afro-brasileiras, afirmou que o umbandista tem sofrido preconceito religioso e
que a religião tem sido demonizada por outras religiões. Também citou o exemplo
de uma professora evangélica que teria constrangido o aluno por causa da
religião.
O babalorixá também convidou Malafaia para
participar da Caminhada pela Liberdade Religiosa. O líder evangélico não
prometeu que iria, mas agradeceu o convite e lembrou que os evangélicos já
foram alvo de preconceito por parte de outras religiões e que na época não eram
convidados para participar de programas televisivos.
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