A ordenação de mulheres a cargos
eclesiásticos, como o diaconato e pastorado é uma realidade, mas não
unanimidade. Diversos ministérios aceitam e elegem mulheres para esses cargos,
porém diversos outros se recusam a fazê-lo.
Nas Assembleias de Deus, uma das mais
tradicionais denominações, algumas convenções tem aceitado a ordenação de
mulheres ao ministério, outras não, e por isso o assunto tem rendido bons
debates entre líderes.
O consultor doutrinário da CPAD (Casa
Publicadora das Assembleias de Deus), pastor Antonio Gilberto, afirmou ser
contra a ordenação de mulheres ao diaconato ou pastorado, por ser anti-bíblico:
“Muitas vezes elas fazem o trabalho melhor do que os homens. Mas ordenar para o
Santo Ministério, não tem base nas Escrituras. E como é que isso está
acontecendo?”, questiona.
Para Gilberto, as pessoas que lideram
as denominações terão que prestar conta a respeito do assunto: “É a igreja a
culpada e a igreja vai prestar conta disso. A igreja que eu digo não é a igreja
o prédio, os responsáveis vão prestar conta disso. Jesus nunca ordenou
mulheres”, enfatizou.
Como o debate gira em torno da
legitimidade bíblica ao redor das nomeações, o pastor enfatizou que não é
somente as ordenação de mulheres que será cobrada da liderança das igrejas.
Segundo ele, muitas outras coisas que não estão na Bíblia, mas que são impostas
pelas igrejas, serão pesadas por Deus.
-É anti-bíblico. E o que fazer? Quem
estiver fazendo vai prestar conta a Deus. Mas infelizmente não é só ordenação
de mulheres, é muita coisa que a igreja decide por ela. Eu podia fazer menção
aqui, não vou, não há necessidade. Para ninguém pensar que é só esse fato: São
várias coisas que a igreja faz sem ter… Por exemplo, há igrejas que só separam
(consagram) obreiros para o diaconato se forem casados, não estou criticando a
igreja local, há igreja que só separa (consagra) casados, porque o escândalo
está sendo grande de obreiros solteiros [...] Onde está isso na Bíblia? Lugar
nenhum. É a igreja que decide! – observou.
Apesar de não encontrar base bíblica
para a questão, o pastor apazigua os ânimos afirmando que não vale a pena
estimular o embate: “Não tem base na Escritura, nem no Antigo, nem no Novo
Testamento. Deus quer a mulher no ministério, quanto mais, melhor, para muita
tarefa. Mas ordenação para cuidar do rebanho Deus reservou para o homem. De
modo que esse negócio está dando problema. E os que estão na Assembleia de
Deus? Vão prestar conta a Deus! Vamos brigar com eles? Deixa pra lá, vão
prestar conta a Deus! Esse é que é o problema, a Bíblia diz cada um de nós. Eu
vou dar conta e os irmãos vão dar conta também. Se o Tribunal de Cristo fosse
coletivo…, mas a Bíblia diz cada um. Então nós temos que pensar nisso”.
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